Fosse apenas teoria recém-aberta ou ambição
Fosse eu apenas um oculto recorte no livro já esquecido
Já sou outro senão linguagens tranversais,
improvisando meu faz-de-conta de rabiscos...Soprando e deitando na chuva
Eu nada tímido de meus versos debrucei assim;ardendo seduções no começo de fevereiro
E sem hábitos no plural de saídas,escrevi os dedos nas pedras,nas areias,na contramão das asas...
e me fiz homem realizado no precipício de tantas perguntas...
Meus regulamentos longínquos se findam no elástico da alma,
e se dão por perda em cidadelas adultas e de negócios
É tão cantante meu amor,tão cantante.Máquina reservada que duplo faz o homem
E em qualquer jardim vou acolhendo moradas e não conto a arquitetura dos sonhos
Tenho um diário distinto que proseia vôos de trovas perdidas;
ternamente afagado pela fartura do sol
Já outra cor é minha dor correspondida,tocado em regras do amanhã
Porque me vou saindo de outras raízes,outras leis,um cais sem beleza que desafoga
Quero contar apenas bem-me-queres,sobrar reuniões de beijos
Ficar a esmo sem ler jornais e me desenrolar em oceanos de amigos
Quero assistir a carne do mundo de minha nuvem
E não se verá mais memórias, nem partidas
Não se fará mais orações sobre cemitérios
Os retratos serão vivos e a casa antiga jamais escurecida
O cheiro aflorado de mato molhado correrá confidente nas narinas
A camisa com cheiro de dormido continuará tuas nostalgias
Tuas invenções não terão limites e tuas pernas sempre viagens
E no desespero do cármico corpo não direi meu nome
Deixarei que se cresça por toda visão de flores no caminho...