quinta-feira, 24 de abril de 2008

Turbilhão de amores


E como me revelei em paixões,sucedendo bênçãos transmudadas na oportunidade de tuas coxas.

Desconfiando sorrisos na tua selvagem terra,romanceando belezas na tua margarida cheirosa

Eu não pude e nem vou mudar teu córregos que cercam e me armam,feitiços alados que exaurem e autografam meus dias comuns.

Meu peito desejoso morre cosmos de tuas vontades,nas moraidoiras tranças que dormem linguagens,nas avenidas de teus perfumes que driblam anistias.

Teu começo é templo que adia sortilégios,e eu menino de alma que briga ilhas,espera a máquina das imaginações para a aventurança.Sou versos,sou plebiscito,um curso de viagens que os pastores esqueceram.Me tomo de tradições no poetar de fontes,uma tocaia do acaso que aguarda mágoas.

Mas te espero desdobrado na travessia da lua,e meus argumentos compreenderão a prata de teus lábios,e sufocarei tua língua no divisar dos sabores.Não haverá mais ceguices numerosas,nem solidões fabulosas,só haverá meu corpo ao teu.O ter dos teus cabelos de noite será cúmplice:do que me desespera,do que me apela,do que me alucina.De teus arquipélagos calmos que na confluência nobre eu soube investir,farei novos mapas.Meus passos não se tornarão mais estranhos;e em momentos de manhãs que passei olhos, tocarei teus montes de carne;encobrindo intermináveis segredos de cantos de mundo.Já não sou tão inútil,já tenho tanto os teus afagos e nos teus braços perpendicularmente exercitarei meus litorais amantes...Como musicais momentâneos que lhe cultivam toda a candura soberba...

terça-feira, 22 de abril de 2008

Futura página


Pois não sabe o futuro dos teus invernos
Dos teus olhos libertinos de vidro, que se perdem nas ressonâncias dos minutos
Do teu sinônimo de sombras em que gritou diálogos
e não se encantou com nada
Nem foi ter com o bosque que te chorou a leve seiva
Não sabe tua última palavra,ou tua última gota de fala que se perdeu para os segredos do amor
Tua fome corrói asfaltos e o fértil horizonte, daquilo que indiferentemente entrou no jogo
Já qualquer coisas de disfarces março avesso vai,já abril de paços tua fábula cantou
Que diante de teus discursos bêbados,a fronte viajante o futuro encontrou
Mas preferiu o passado,retrato no ar que importou as asas maiores
E nisto nunca negou...Inoportuno,brigou medicamentos
O futuro circunavega teus ninhos com veneno letargo
E espera te alimentar bem nas alturas,irreal idiota que não sabe controlar ventos
Tua juventude adormece nas colinas calmas,com conversas de sonetos recolhidos e antipáticos
A mão de porcelana lhe toca o ombro,contou todos os teus ponteiros
E veio lhe levar sem graça,na vidraça aparente que seus pesares se desfez