terça-feira, 22 de abril de 2008

Futura página


Pois não sabe o futuro dos teus invernos
Dos teus olhos libertinos de vidro, que se perdem nas ressonâncias dos minutos
Do teu sinônimo de sombras em que gritou diálogos
e não se encantou com nada
Nem foi ter com o bosque que te chorou a leve seiva
Não sabe tua última palavra,ou tua última gota de fala que se perdeu para os segredos do amor
Tua fome corrói asfaltos e o fértil horizonte, daquilo que indiferentemente entrou no jogo
Já qualquer coisas de disfarces março avesso vai,já abril de paços tua fábula cantou
Que diante de teus discursos bêbados,a fronte viajante o futuro encontrou
Mas preferiu o passado,retrato no ar que importou as asas maiores
E nisto nunca negou...Inoportuno,brigou medicamentos
O futuro circunavega teus ninhos com veneno letargo
E espera te alimentar bem nas alturas,irreal idiota que não sabe controlar ventos
Tua juventude adormece nas colinas calmas,com conversas de sonetos recolhidos e antipáticos
A mão de porcelana lhe toca o ombro,contou todos os teus ponteiros
E veio lhe levar sem graça,na vidraça aparente que seus pesares se desfez

Nenhum comentário: