terça-feira, 10 de junho de 2008

Linhas por jangadas


Minhas manhãs já não são todas manhãs

Acolhi de teu molhado sonho apenas: sal e pecados!

Não tive meu silêncio coincidentemente lúcido quando pude

Nem decifrei da garganta ríspida qualquer coisa popular

Incomoda-me o alem-túmulo com sua carícia fria clandestina a debater

De comícios longos sem diálogos

Do pôr-do-sol sem a apresentação do mar

Da roupagem do ano novo não encarando esperanças

Queria escrever linhas por jangadas

um ser confuso beijado por águas distantes

Espichar meu mundo aconselhante

no maravilhoso chamego das sombras

Vai minha existência seca,cavar fórmulas de tentações

me faça furtivo,por vogais e vinhos

Deixe os pés de bronze lamber mares

E os martírios dos verbos enganarem surpresos o vento




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